sexta-feira, 17 de agosto de 2007

zine do bar do escritor

"registrando"
eita, o mauro me efetivou no balela, com foto e tudo. fera. tem poesia no Coletânea Artesanal da Lunna e amigos. jóia. o ezine 7 do BDE está no ar, cheio de convidados muito bacanas.
o melhor de tudo, contudo, é a publicação do ezine impresso do bde, o número zero. a CIMYK patrocinou. agora é distribuir aos parceiros e vender nas feiras literárias. quem quiser, basta avisar.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

A farsa de Lula – propaganda subliminar do BB com as 3 atitudes

A farsa de Lula – propaganda subliminar do BB

A quem eles acham que enganam? A propaganda do BB com as tais 3 atitudes é a mais descarada influência subliminar que pretente a aprovação do terceiro mandato do ditadoreco Lula, incutindo no cocoruto do povão que é preciso 3 mandatos para o presidente fazer tudo que precisa.. Se 2 + 1 = 3, então 21 é a tal agenda da sustentabilidade. Até a publicidade é ruim.

Depois do Morales ter enviado ao congresso boliviano a proposta por re-eleições sucessivas e do clone do Fidel, o venezuelano Chávez já ter assumido o controle do país com um golpe juridicamente legal (porém ainda totalitário), será que engoliremos outro Getúlio Vargas?

Sempre li sobre a corrupção da esquerda nas análises das teses marxistas, mas acreditei ser diferente na nossa visão brasileira da igualdade. Bastaria colocar alguém que fosse realmente do povo no governo que sua visão abrangente das necessidades humanas o faria governar magnanimamente. Mas vejo que apenas mente para nós, seus eleitores, seu suporte democrático.

Votei nele e me vejo traído na destruição do meu sonho neo-socialista da criação de um estado nacional popular e produtivo. Eu acreditava no Lula e na proposta do PT. Era minha utopia juvenil, meu sonho de evolução humana. Talvez pudéssemos chegar aonde ninguém jamais imaginou: o país do futuro. Hoje só vejo nos rostos dos meus amigos a falta de esperança.

Desde 1989 avalizei a esquerda. 1, 2, 3 vezes vi o Lula, meu Dom Quixote, perder as eleições. Na quarta eleição me embebedei de alegria ao vislumbrar a realização do meu ideal utópico: o povo no poder! Na eleição seguinte, esta última, apenas a quinta da redemocratização, aquela que corroboraria a verdade socialista no nosso país, infelizmente anulei meu voto pois não participaria novamente da aprovação do governo corrupto e destrambelhado do funileiro sindicalista.

Não é possível que os brasileiros aceitem essa bandalheira. Será que acham que somos tolos?

A OAB propaga a campanha Cansei. Dizem-se enojados de tanta falta de controle do executivo, da inabilidade em gerir os recursos sociais. Eu me canso é dessa atitude dândi dos advogados, pois admitem os truncamentos da justiça sempre que é a favor próprio, mas atacam tudo aquilo que os atinge. Digo ainda mais que esses flutuadores lobistas: BASTA!

Chega desta jogatina jurídica e legislativa imoral e hipócrita, chega de foro privilegiado, de voto secreto, de renúncias de corruptos, de recursos e mais recursos nos tribunais, de decisões políticas, de truncamento nas investigações policiais, de programas sociais gratuitos que sustentam eleições presidenciais, de escracho com as forças armadas, de mentiras ao povo, de excelências e doutores pilhando o país com interesses particulares. Basta de enganação!

Sim, chega de sermos considerados elites por participarmos da camada pensante e crítica da sociedade. O brasileiro com curso superior, que acessa a internet e que não ganha a esmola governamental é desconsiderado pela cúpula petista. Chamam-nos de golpistas quando, na verdade, são eles que querem alterar a Constituição para inserir novas regras no meio do jogo.

É claro que esta crônica não alterará a disposição das estruturas corroídas da república, mas é bem capaz de incitar a reflexão. Então divulguemos aos nossos pares esta indignação a tudo o que está errado neste país.

Qual será o próximo passo deste traidor molusco? O projeto para a reeleição já está em vias de apresentação à Câmara. Em meio a tantas turbulências não fará revoada, talvez seja aprovado por baixo dos panos, a exemplo de tantos outros absurdos da política brasileira. Já que o plano de eleger José Dirceu foi por água abaixo, por estupidez na própria concepção, com mensaleiros, indicações imorais a cargos valiosos e desinformação terrorista, a saída agora para o governo é imitar as republiquetas anti-chauvinistas latino-americanas.

É inaceitável saber que eles acham que realmente nos enganam.

Entendam, canalhas, que a falta de ação dos brasileiros está mais relacionada à ignorância da própria capacidade que ao pouco interesse pelo bem comum. O brasileiro é honesto e lutador. Só precisa entender que é senhor do próprio destino, tanto de colocar para fora os incomPTentes quanto para não trazer de volta os velhos safados da antiga república.

O pior de tudo, contudo, é lembrar meu avô dizendo que o Brasil nunca foi tão bom quanto na época Vargas. Aiaiai, Getúlio.

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Tb em A verdade sufocada e Ternuma. jóia.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

bde

"registrando"
o bar do escritor foi notícia no Diário do Comércio em 08/08. legal. e o Manifesto do BDE que escrevi está na revista NovaE. ficou fera!

domingo, 12 de agosto de 2007

Consciência Venenosa

From: jomarcarvalho
Date: 06/08/2007 11:00
Subject: matador dos velhos de goiás
To: maobranca

O assassino dos velhos em Pirenópolis está em São José do Rio Preto, SP. Ele veio de carona num caminhão de pedras. O motorista não sabia, é meu amigo. Me pediu para avisar a polícia, tá inseguro. Decidi antes te mandar esta mensagem.

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Contemplei o email por vários minutos. O anúncio de “matador de bandidos” no fórum de direitos humanos na internet dava resultados. Pessoas descrentes com a justiça pediam vingança. Eu comprovava a veracidade dos dados antes de qualquer ação, me borrava de medo de ser investigado pelos meninos da lei.

De um cybercafé respondi ao paulista que não tinha tempo de procurar o vagabundo por toda a cidade. Ele retrucou dizendo que o mala perambulava bêbado pela praça Jardim Vivendas. Botei na mochila duas garrafinhas de cachaça e parti de moto para São Paulo.

O vento invadia o capacete assoviando uma inconstante sirene. A estrada nova estava repleta de pedágios e barreiras policiais. Fiquei satisfeito por não levar as armas. E também por encontrar desvios dos pedágios nas trilhas paralelas à pista. Meu coração anarquista não admitia pagar outra taxa além do IPVA.

Na cidade segui as placas direto à praça. Não foi difícil encontrar o tal Ricardo esparramado num banco. Ele vestia calça jeans, camiseta e chinelo de dedo, a mesma roupa de quando foi avistado num matagal perto de Pirenópolis. A complexa operação tática a polícia não o capturou, mas colheu informações que vazaram para mim através de um amigo meganha que também prefere os justiciamentos.

Observei o sacana de longe por um bom tempo. Ele mendigava uns trocados, bebia uma pinga no boteco da esquina e voltava ao banco da praça. Segurava a cabeça apoiado com os cotovelos nos joelhos, depois olhava para o céu e apertava os olhos. Parecia sofrer por algum problema. Sua consciência não estava limpa, é claro, mas me surpreendi ao perceber que ele podia estar se punindo pelo assassinato.

Aproximei-me. Haviam poucas pessoas ao redor e todos os outros bancos estavam vazios. Ele se exaltou receoso. Sua desconfiança logo se esvaiu quando viu o baseado pendurado na minha boca. Sentei ao seu lado e o cumprimentei com a cabeça fingindo desinteresse.

- Tem fogo? – Pedi para disfarçar.

- Não fumo.

- Não te perguntei se fumava. Perguntei se tem fogo. – Bradei e me arrependi em seguida. Eu devia ganhar a empatia do sujeito ainda que quisesse esganá-lo ali mesmo.

Arranquei com uma mordida a ponta de papel do baseado e a cuspi quase aos pés do canalha.

- Hei. – Reagiu.

- Foi mal.

Tirei do bolso uma garrafinha e bebi uma talagada da cachaça. Percebi de soslaio que Ricardo acompanhou meus movimentos.

- Quer uma dose? – ofereci.

Ele aceitou e mandou para dentro. Devolveu a garrafinha que guardei na jaqueta.

- Onde eu compro fósforos por aqui?

- No boteco. – Apontou o local onde eu o vira bebendo. Ao lado havia um armazém de produtos agropecuários, elemento perfeito no plano para apagar os vestígios da minha presença.

- Aí, mermão. – Cocei o joelho. – Você compra um fósforo para mim? Tô com um problema na perna.

Ele ficou desconfiado. Dei o último gole na garrafinha.

- Aproveita e enche. – Estendi uma nota de cinco pilas e pisquei sorrindo.

Ele pegou a nota e a garrafinha.

- Cara, passa no armazém e compra um pacote de veneno de rato também. Preciso me livrar de uns sacaninhas.

Fiquei observando o assassino entrar no bar, depois no armazém e voltar até o banco. O idiota não sabia que estava criando as provas do próprio suicídio.

- Ó. – Deu-me um pacote de veneno Ratol, fósforos e a garrafa cheia. Destampei e mandei uma beiçada. Guardei as coisas no bolso externo da jaqueta.

- Valeu.

Risquei um palito e acendi o baseado. Traguei profundamente e prendi no pulmão. Quando soltei, a fumaça parecia uma cobra azul serpenteando em direção ao sol. Puxei a garrafinha que estava no bolso interno da jaqueta e a ofereci sem tampa ao assassino. Ele deu um grande gole.

- Manda mais. – Incentivei. – Como pagamento por sua gentileza. – Ele bebeu outra boa dose. Continuei fumando sem oferecer, não queria gastar minha erva com um cadáver ambulante.

Guardei a garrafa que ele me devolveu e tirei a outra do bolso de fora da jaqueta. Não sei se Ricardo viu esta troca, já não importava.

- Sabe, - traguei novamente. – o Ratol que você me comprou é muito bom, composto à base de chumbo, mas prefiro o veneno Mão Branca, que tem um percentual maior do agente tóxico. Quando entra no estômago da vítima é morte certa. – Bebi um gole. – Tem ação mais rápida quando diluído em álcool. Em poucos minutos a vítima sente uma queimação na barriga.

A mão que ele levou ao estômago pode ter sido um reflexo sintomático, mas achei que já sentia algo diferente.

- Logo sente as veias em fogo e começam as convulsões, mas a morte ainda demora quase uma hora. É puro sofrimento. – Puxei a última tragada e dei um piparote na bituca. – Igual à dor dos parentes de Cirilo e Ceci, os velhos que você degolou em Pirenópolis.

Minhas palavras atingiram Ricardo como um soco. Ele abraçou a barriga e simulou uma ânsia de vômito. Seus olhos perderam o foco. O Mão Branca que eu havia colocado na garrafinha reserva já havia sido absorvido e queimava as entranhas do assassino. Ele começou a tremer e saliva escorreu pela lateral da boca.

- Cheguei a pensar que você estivesse arrependido. Talvez até esteja, mas ninguém saberá. Não importa. O que você fez não tem perdão. – Aproximei o rosto do moribundo. – Manda um oi pro capeta, seu merda.

Coloquei o pacote de Ratol em suas mãos. A polícia ligaria as pistas e concluiria que ele se suicidou por dor de consciência. Ter comprado cachaça e veneno nas lojas ao redor seria a comprovação irrefutável. Dias depois li no jornal a notícia de sua morte com o título “assassino comete suicídio”.

A única pista que poderia me identificar seria a garrafinha com o veneno. Nem a placa da minha moto ficou registrada nas filmagens dos pedágios. O IML não faria uma autópsia para saber se o veneno no bucho do bandido era o mesmo encontrado em suas mãos. Voltei para Brasília acelerando a moto, eram apenas três horas da tarde.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

ebook Estrada para o Infinito

Lanço, hoje, o pulp Estrada para o Infinito, em homenagem ao BDE.
é uma história louca, dum sujeito de moto que acaba numa vila de Amazonas. o problema é que houve o apocalipse e o mundo está infestado de mortos-vivos.
com prefácio de Me Morte
Baixe o ebook aqui.







O Bar do Escritor completa hoje (03/08/2007) dois anos de discussões, brigas, confusões e xingamentos por conta da bebida literária que é servida em nossas mesas virtuais. Tanto debate criou fortes laços de amizade entre os membos desta comunidade do Orkut. No E-ZINE especial estão publicadas as Histórias do Bar, os textos em homenagem (?) ao BDE. São poemas, contos e crônicas contando um pouco como é ser um dos nossos bebuns de letras. Uma experiência única, alguns nunca se recuperaram.
Conheça tb o BLOG do BAR.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

revistado

"registrando"
A Valéria Eik da revista Conexão Maringá editou o conto A vingança de Anabela. lá tem um povo bacana como Marcia Frazão, Ivone Boechat, Belvedere Bruno, Ricardo Corona e Branco Leone (do Os viralata, antigo Inteligência ltda).
O MaickNuclear editou Imita a Grecthen (porra, até hoje não sei escrever o nome da mulher) na Lasanha. lá tem outras 3 pessoas do BDE (Me Morte, Larissa Marques e Claudia Menezes), além da Camila Lopes e do Eduardo Lacerda (do O casulo).
tutti buena gente!