sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Momento final

no momento final

na hora serena

cerrarei os olhos

e, sorrindo, perguntarei:

- valeu a pena?

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

invadam-os, yankees


já me meti em briga alheia só para surrar o agressor. eu nada tinha com a treta, aliás, fujo delas, mas não aguênto ver opressão. sou um libertário por natureza, contudo aceito a ditadura da liberdade. se eu pude defender alguém, por que um país não pode invadir a soberania de outro em nome da sua visão de justiça?

- invadam-os, yankees! - grito, hoje, ao ver tropas norte-americanas desembarcando em algum lugar do mundo, tanto para manter sua maldita indústria bélica aquecida quanto para apregoar seus pretensos ideais democráticos.

qualquer guerra é estúpida, mas o que fazer se ela nos bate à porta? sou daqueles que dão um boi para não entrar numa briga... o resto é bem conhecido, e comum. ninguém gosta de brigar, mas apanhar é bem pior. se, por outro lado, somos capazes de imputar nossa vontade, o que nos impede de tentar fazer o que achamos certo?

- porém, a guerra santa islâmica é baseada no mesmo pensamento. - lembrou-me meu senso crítico.

sim, a diferença é que o pensamento muçulmano está aliado à religião, que é chauvinista, limitada e racista. qualquer religião é preconceituosa, aliás, pois há o princípio dos dogmas aceitos por fé ou temor à algum deus. então, é aceitável a intervenção de qualquer ideologia em ambientes alheios com a intenção de divulgar a própria crença?

- não, não é, porém é assim que acontece.

se todos se acham capazes de reger os interesses alheios, os EUA não fazem nada de errado ao usar sua infinita superioridade armamentícia para definir o desenvolvimento bélico de possíveis adversários. ahmadinejad até pode espernear, mas se jogar água fora da bacia será o próximo algo.

em outros tempos eu condenaria a invasão, hoje já a aprovo. a alternativa, a autonomia iraniana, não seria uma situação mais conflituosa que a simples intervenção norte-americana? imagino que sim, eu não gostaria de ser alvo de um ataque de muçulmanos do jihad, fanáticos sanguinários, mas até aceitaria sofrer uma intromissão do EUA por dois simples motivos: não teria que aceitar o corão e gosto de rock´n roll.

contudo... israel tem na "américa" um aliado fiel. por quê? seria por dominar economicamente as corporações financeiras ou por serem o povo de deus em luta contra os fariseus?

não importa. se continuarem tão agressivos e violentos, esperarei a coerência da atitude norte-americana e gritarei mais uma vez: invandam-os, yankees, mesmo sabendo que é mais fácil uma guerra mundial entre ocidentais e árabes que israel sofrer com a mesma política aplicada ao iraque. não é certo, mas é assim que acontece.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

invadam-nos, yankees

imagine: os yankess se cansam da nossa indolência em relação à amazônia, ao pantanal, às bacia hidrográficas e, sabendo do sucateamento do nosso exército, resolvem invadir o brasil.

um anarquista ateu com formação marxista, como eu, certamente deveria se alistar nas fileiras rebeldes de resistência, afinal, a liberdade é o bem mais precioso do ser humano. contudo, brado:

- invadam-nos, yankees!

o motivo da minha mudança de posicionamento é simples e prático, relaciona-se à mais profunda característica do brasileiro que é a inutilidade. sim, somos inúteis. o ultrage à rigor foi certeiro ao compor a música sinônima.

a supremacia da política vermelha nos últimos anos me surpreendeu. fizeram, lula e seus companheiros, tudo o que programou o FHC (um direitista), com o diferencial de serem mais incopetentes, mais corruptos, mais coniventes e muito mais totalitários. os norte-americanos gostam tão pouco da esquerda que até seus carros são automáticos para não precisarem apertar a embreagem (o pé esquerdo fica lá, paradinho).

como os brasileiros, historicamente dominados, são incapazes de gerir as próprios obrigações com responsabilidade e igualdade (não falo em assistencialismo eleitoreiro, entenda!), uma invasão yankee nos mostraria como mandar nossos corruptos para a cadeia e não para casa com habeas corpus safados julgados por tribunais burocráticos e insensatos, afinal, libertar bandido por erro técnico é o mesmo que acorbertar suas pilantragens.

aprenderíamos que o serviço público é direcionado ao povo, o soberano do estado, e não aos interesses daqueles que contratam seus comparsas incapazes e fantasmas intuindo geri-los de salários até as próximas eleições, para, então, contar novamente com seu apôio, enquanto as necessidades trabalhistas dos cargos continuam inexequíveis.

saberíamos o que é salário mínimo, plano de habitação, seguro desemprego, reposicionamento laboral, aplicação construtiva dos tributos, não esses arremedos de ações públicas que servem de paleativo contra manifestações populares. por que lá essas coisas funcionam, enquanto aqui estas atitudes quixotescas funcionam apenas como canal para o desvio de recursos nacionais?

pior ainda é ver que prefiro um líder que se exceda sexualmente com a permissiva secretária, gozando em seu vestido, que um presidente carateca aliado à assassinas oligarquias (afinal, Lindolfo, seu avô, matou com um tiro um colega no senado) que tenha f... o povo e volte à cadeira desta apodrecida casa legislativa com o aval alagoano.

não sou um norte-americanista, pelo contrário, desprezo sua prepotência e a intromissão, porém detesto ainda mais a inconsistência e o "revolucionarismo" insusbstancial brasileiro.

Raul Seixas, em música regravada pelos Titãs, afirmou que a solução seria alugar o brasil. bem, até poderíamos fazer isso, mas para tanto precisaríamos da posse desta terra, porém, bem sabemos, a terra pertence aos índios que violentamente matamos, estupramos e expulsamos, além de ainda o considerarmos silvícolas, ou seja, incapazes. seriam mesmo os índios os incapazes?

sábado, 6 de outubro de 2007

tão cansado de brigas, sem inspiração, sem esperança. nada dá certo e o papel higiênico tá acabando.