sexta-feira, 30 de março de 2007

A Terra da Poesia

Nos meus sonhos mais loucos
lá, profundo
a poesia tem seu mundo
do herói venerável
ao imundo
onde o duvidoso é tão
certo
que confundo
os lados da moeda
luz e sombra
desejo e desatino

Patino na navalha
um fio fino
mas viajo, errante
com livres asas
de menino

quinta-feira, 29 de março de 2007

terça-feira, 27 de março de 2007

Germinado e selvagem corsário

Oba. Tô lá no Germina Literatura. Do suplemento Poucos vai para uma página pessoal. É bem prazeroso pois apareço ao lado de Mirisola, Maiakóvski, Marçal Aquino e Marcelino Freire. Eita, pompa!

Tb no PoesiaSavage.org, en las Avenidas de Nada de El Cadero, junto con otros poetas en castelaño, por la Avenida 20 estoy yo, pero escribo en portugues.. No lo sé la lingua espanhola. hehehe.

A revista Corsário publicou Alma Nobre, mas retirou a dedicatória aos poetas Marcos Caldas e Willian Butler Yeats. Io ho ho e uma garrafa de rum...
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Rynaldo Papoy criou o FCFT e me convidou para participar. Uepa. Ficção científica, fantasia e terror é comigo mesmo!

segunda-feira, 26 de março de 2007

AvC - Aventura Cotidiana

A dupla de rapazes, não muito aguerridos, conversava no corredor do supermercado. Passei com meu carrinho olhando os produtos de limpeza.

- Olha. – Sibilou um.

- Hum. – Gemeu o outro. – Esse ai deve ser uma delícia.

Fingi que não era comigo. De longe, olhei de soslaio. Percebi que debatiam sobre o papel higiênico, qual o mais adequado aos sensíveis popôs.

Fiquei quase deprimido. Não se referiam como delícia a mim e sim a algum papel de bunda bem suave. Ou áspero, sei lá, vai entender!?

Leia o resto na íntegra.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Ebook DOIS DIAS DEPOIS

Lancei o ebook Dois Dias Depois no Blog Bar do Escritor. Será um inesperado sucesso ou um inexpressivo fracasso?
Sei lá. Só sei que acho a palavra fracasso mais bonita que sucesso. Tô mais acostumado com ela.

E mais:
o site Culture Vulture, uma ORG que tem um interessante projeto de artes visuais, publicou a poesia A mais violenta guerra. Ficou bacana.
O parceiro Cesar do Boteco do Ribeiro colocou uma chamada para o ebook e publicou a poesia Xará Demônio. Valeu.

sábado, 17 de março de 2007

No Pensar do Correio Braziliense

Eita, minha obscuridade está sendo abalada. Sérgio de Sá, do suplemento Pensar do Correio Braziliense, publicou uma nota na coluna L2 deste sábado cinzento:

"QUEM É?
Vale dar uma olhada na “literatura obscura” de Mão Branca, o pseudônimo de “um escritor que mora em Brasília, tem mais de 30 anos, conhece profundamente a perversidade humana e tenta de todas as maneiras ver-se livre das amarras da própria limitação”. Ele gosta de Charles Bukowski e de Wander Wildner e “vive tomando umas nos bares da cidade sempre à paisana”. Na internet, pode ser encontrado em www.maobranca.xpg.com.br
No próximo dia 21, o autor lançará o e-book Dois dias depois, no Ezine Bar do Escritor (www.bardoescritor.blogspot.com). Os contos de Mão Branca, ágeis e depravados, são melhores que os poemas, que deixam mais à vista as limitações (para concordar com o próprio autor) no trabalho com a forma, nem sempre alcançando o efeito desejado. Na narrativa curta, Mão Branca tem boas sacadas sobre a banalidade do cotidiano na cidade."

Duas coisas boas: a nota foi no caderno literário, dedicado a escritores. Eu mesmo leio tudo como quem dichava o embrulhado. E, tb, preservou meu ALTER-EGO. Vai que minha mãe descobre isso aqui (hehehe)?!

sexta-feira, 16 de março de 2007

Último brado do guerreiro

Estou velho e acabado
a próstata implodiu
o cu caiu
e o pau faliu

Corpo inútil e quebrado
sobra a memória
a história
Que merda inglória!

Da Força fui guerreiro
se hoje ando rasteiro
suplico
um combate derradeiro

Não quero ser arrastado
pro banheiro

terça-feira, 13 de março de 2007

Escrevinhadores, atentai!

Três coisas: má, má e boa:
Os digitadores malucos da interNerd adoram opinar sobre a literatura brasileira. Porém, para tanto, é preciso conhecê-la. A maioria fala tanta asneira que me dá coceira (olha o eco). Leiam sobre as Escolas Literárias ou Escolas de Literatura e relembrem a tia Vera nas aulas da quinta série.
Esses tecladores alucinados tb desconhecem os Vícios de Linguagem , todos, e para eles o eco de cima foi só uma piada. "Lê melhor quem conhece a língua" disse eu mesmo (hehehe). Que dirá, então, do escritor que desconhece as armadilhas e os atalhos? Ah, existem tb as Figuras, porém quem não sabe do erro jamais usará o detalhe.
Agora a boa: ATENÇÃO!
O Itaú Cultural iniciou o projeto Rumos 2007, que visa incentivar a literatura através da produção e da crítica. Ferpeito. Todos devem participar. Djá!

sábado, 10 de março de 2007

Esperança de mim

Não tenha esperança
essa espera
que cansa
Aliada da saudade
que salga
o sonho doce
de viver

Impera a ânsia
galga, em verdade
alcançar
quem eu fosse

Mas
essa esperança
é uma foice.

quinta-feira, 8 de março de 2007

Sobre poesia, escrevinhadores e outras esquisitices

Pirilampulam blogs de poesia. Jornais as publicam diariamente. Na tv, é chique. Baita-machos confessam ler e até escrever uns versos. A literatura retoma ao lirismo seu patamar de nobreza.

O que deu no povo para render-se ao poema?

Escrevinhadores são seres estranhos. Incapazes para qualquer profissão ou vagabundos. Os melhores são ambos. Escrevem pois é uma ânsia irresistível, íntima, reveladora dos segredos, preconceitos, opiniões polêmicas. Tão pessoal que alguns jamais revelam suas preciosidades, engavetam e pronto.

A interNerd difundiu esses tesouros. Expôs ao mundo aqueles versinhos do fundo da alma. Milhares de poetinhas encontraram um varal para pendurar suas composições. Esses escrevinhadores, estranhos, descobrem que escrever bem não é mérito raro. Pior: percebem que a poesia é, na verdade, sentimental. Não basta um bom texto, tem que dar sorte do leitor estar no “momento” certo para ler.

Daí, os tecladores malucos que adoram resfolegar baba nos textos dos amigos, se aplicam em elogiar a todos como uma metralhadora giratória, esperando acertar alguém que o elogie de volta. Um ciclo, viciado e imprestável, que não é verdadeiro nem capacita os debatentes.

Por outro lado, os neuróticos digitadores também percebem que há bons ou, quiçá, maravilhosos poetas que usam a rede como mais um meio para construir a literatura. Repito: construir. Os bons poetas crescem ao ler textos alheios, ao receber críticas embasadas e, principalmente, quando divulgam na rede uma visão poética sensível, responsável, preocupada em difundir a poesia não como forma de engrandecimento pessoal, mas numa concepção mais humana, que aproxime as pessoas através dos sentimentos comuns, das tristezas, dos sonhos perdidos, daquilo que faz de todo homem um irmão: o amor.

Esta excentricidade poética existe desde sempre, por todo lado, sem tabu de sexo, cor ou nível. Faz do homem um igual, conversa sem linguagem, exibe o que os maus escondem: a nossa fraqueza. E, assim, nos abraça como espécie.

(-Espécie? -É. Sapien. -Ah)


sábado, 3 de março de 2007

Vixe: 5 sítios

Mão Branca em cinco sítios neste sábado de chove-num-chove. Inté parece.
Blocos Online - É considerado pela Unesco como um dos mais importantes sites de poesia do mundo. Uau. Estou lá com meu alter-ego na crônica de sábado.
Contos de Cinco Palavras - Curioso projeto do Rynaldo Papoy, une diversos escrevinhadores para contar histórias de 5 palavras. O tema atual é Jesus.
Conexão Maringá - Da Valéria Eik, nesta edição de março, com uns poemas bem malvadões. Lá é cheio de gente conhecida da interNerd (fico todo cheio).
Incêncio acidental - Uma chama que debate idéias sobre o mundo. Bacana. Com a crônica Sobre Golpes, Tretas e Literatura de Comadre.
CNI Brasil - Mídia independente. Com a tal crônica. Mas fui eu mesmo que enviei, hehehe...

quinta-feira, 1 de março de 2007