segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
Sobre o ano-novo e a ressaca
Durmo o dia inteiro e aí não é direito
Porque quando escurece, só estou a fim de aprontar"
Tédio (com um T bem grande para você) – Legião Urbana
O fim do ciclo solar traz a mesma sensação de um início de noite quando se dormiu o dia inteiro de ressaca: a vontade de aprontar! Ou melhor, de fazer algo construtivo, importante, de reorganizar o tempo e cumprir tudo aquilo que sonhou porém não conseguiu realizar.
Eu já amadureci; não reclamo mais das ressacas nem digo que "nunca mais beberei", apenas me conformo com o estômago provocando uma cisão político-biológica com o resto do corpo. Aceito a ressaca, assim como reconheço que o ano vindouro será apenas mais um ciclo que em não cumprirei minhas metas.
Essa ansiedade em corrigir os pretensos defeitos, para começar uma existência mais plena e feliz, mas somente no ano novo, é a desculpa dos desiludidos. Todos que sonham alcançar o próximo degrau do auto-desenvolvimento renovam as esperanças. Contudo, esquecem que qualquer mudança deve ser gradual e introspectiva. Não adianta fazer "listas de ano novo".
Eu sou um desses desiludidos. Já compreendi que meus defeitos não sumirão, nem no ano novo e nem no dia de São Nunca. Devo conviver com eles e contorná-los, para aprender a sofrer cada vez menos com minhas falhas.
Entretanto, não me abstenho de permanecer um ébrio, tanto das mais deliciosas cachaças quanto dessa idiotice chamada esperança. Em cada ciclo imagino o defeito de personalidade que eu poderia limar ou a característica que deveria absorver; sempre tenho boas intenções. Até a meia noite! Daí para frente só penso em acabar de encharcar a cara de mé!
Quando vier a ressaca do dia Primeiro de 2008 já terei esquecido todas as promessas, não saberei quais planos me dedicar nem como resolver meus problemas (que eu certamente havia solucionado na noite anterior). Não começarei a malhar, nem a estudar, nem controlarei minha língua (e pena) ácida. Não serei paciente, nem dedicado e tampouco deixarei de reclamar sobre tudo. Continuarei cultivando meus defeitos (é claro que na intenção de regá-los cada vez menos) e buscarei não perder as ínfimas virtudes que mantive até agora (como cactos num deserto). Serei o autêntico eu, só que um tantinho mais sábio, afinal, quem não aprende com os erros é um imbecil.
- ô imbecil, se continuar fazendo as mesmas besteiras não subirá o tal degrau no auto-desenvolvimento. – Diria o leitor.
Sim, reconheço, porém não farei as mesmas besteiras. Farei, na verdade, novas besteiras, cometerei outros enganos e praticarei diferentes pecados. Ano novo, bobagens novas. Afinal, sabiamente, precisarei atualizar meu rol de problemas para avaliá-los ao final do ano e resolver corrigir alguma coisa para 2009. O ciclo nunca termina, mas a ressaca, essa sim, uma hora vai acabar.
- Bebamos, então! – Um brinde ao ano novo.
sábado, 22 de dezembro de 2007
Sobre escritoras, sucesso e o Slug
Escrevi a crônica Sobre escritoras, sucesso e o Slug.
Dêem uma sacada (se quiserem, é claro).
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ps.: este é o post 100 do blog CONTRA-MÃO. parabéns...
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
A grande obra
a grande obra de uma vida
(bem desperdiçada)
Já não me garanto
nem nos sonhos escondidos
Soçobra
a realidade enguiçada
de toda decisão errada
escolhida
ou encontrada
por meu cansaço
a cada passo
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
O lobo plagiador
- salvem-se ou seremos vítimas deste fausto canino. – Alardeou a sábia coruja.
- fausto? – Perguntou a coruja filhote, ávida por conhecimentos.
- um ostentador! – Explicou a mais sábia.
A besta lupina costumava arrancar dos outros animais as partes que admirava e as vestia como um carnavalesco deslumbrado na Sapucaí. Penas, chifres, garras, penugens, roubava tudo o que desejava. Gostava de luxo, de elogios, queria ser admirado, porém não se contentava com as próprias capacidades, buscava superar os outros mesmo que precisasse mentir ou enganar.
- vamos sacanear este prego? – Sussurrou a hiena para a cotovia.
- só. – Piou a ave. – Como?
E a hiena contou o plano que logo colocaram em prática. A hiena chamou as fêmeas no cio e delas extraiu muitas gotas de ferormônio. Espalhou o extrato nas penas da cauda da cotovia e a mandou passear perto do lobo. Ele a viu e logo quis imitar aquela ave tão cheirosa. Num ataque traiçoeiro, arrancou as penas da cotovia e as usou para decorar o próprio rabo.
Satisfeito com a nova fantasia, o lobo decidiu exibi-la aos leões, reconhecidamente os mais belos animais.
“Vou arrasar”, pensou.
- lá vem aquele lobo plagiador. – resmungou um velho leão.
- é um idiota. – respondeu o líder do bando, sendo apoiado pelos filhos ao seu redor.
O cheiro do cio das hienas e a beleza das penas da cotovia no rabo do lobo curiosamente atiçaram os leões, que avançaram sobre ele numa curra violenta e consecutiva. Primeiro o líder, depois o velho leão e por fim todos os filhotes copularam com o pobre lobo, que foi abandonado com o rabo ardendo e sem mais nenhuma decoração.
Os uivos sofridos do lobo durante o estupro foram ouvidos por toda parte. Os animais riram a valer. A hiena, contudo, se surpreendeu quando recebeu um pedido secreto do lobo, que atendeu prestimosamente. Ela passou a traficar óleo de cio juntamente com penas de cotovia.
O lobo, travestido e transloucado, passou a circular entre os leões. Seus uivos, então, não causavam mais asco por sua atitude reprovável. Tornaram-se definitivamente a piada da savana.
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em tempos: este é um texto original e autoral. mantenham-no longe dos lobos.
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entenda o caso: http://marconileal.blogspot.com/2007/10/eu-escrevo-tu-copias-ele-publica.html
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Uma coisa que adoro é sarro e que odeio é empáfia
Eu adorava pegar ônibus lotado quando tinha 11 anos. Me encaixava atrás de alguma boazuda e deixava o balanço da condução me levar às nuvens. Tirar um sarro era a diversão comum da molecada. Tive que parar assim que cresci (lá embaixo, entenda). Meu colégio usava como calça de uniforme um moleton, a excitação se tornou inconveniente.
O prazer pelo sarro, contudo, continuou, permitido então pelas meninas atrás da quadra de esportes. O moleton, bem fino e maleável, finalmente foi útil.
Os sarros alcançaram outros padrões. Descobri que importunar os desavisados com uma brincadeira bem pueril era quase tão gostoso quanto engatar o trenzinho nos ônibus.
- que time é teu?
- flamengo.
- hahaha, o flamengo te meteu....
Percebi que perder o amigo para não deixar escapar a piada era passível de reversão com sentidas desculpas ou, melhor, aceitando o contra-sarro.
- ...meteu nada. Bateu na trave e entrou no teu. Ahá!
Etimologicamente, sarro é o resíduo de vinho que permanece na garrafa. Chamam de fezes do vinho. Então, tirar um sarro é na verdade algo como “limpar a bosta”, ou eliminar o resquício de seriedade na situação.
Nestes dias após o rebaixamento do Corinthians à 2ª divisão, me impressionei com a solidariedade das outras torcidas aos sofridos “cadentes”, à exceção da prepotente e mal-humorada plebe flamenguista, que não aceitava os trotes mas agora se limita a limpar a bosta.
- Nessa SEGUNDA-feira expresso meu grande pesar, meu lasTIMÃO, com a ascensão do Corinthians à série B. Os novos patrocinadores corintianos terão trabalho: a RAY-O-VAC, para acender a lanterna; a PHILCO, para melhorar a imagem; a VOLKSWAGEN, para fazer um gol e, por último, a TOYOTA, para sair da lama.
- Pô! – Reclamou meu irmão, o corintiano mais doente que conheço.
- Então vamos rezar pelo ulTIMÃO. Peguem a bíblia em Coríntios 1 versículo 3.
- Chega! - Teve que rir. - Até na bíblia a gente tá perdendo.... queria ver se fosse com vocês...
- Somos a maior torcida do Brasil. - Gabou-se o flamenguista.
Não resisti e me meti:
- Schadenfreude! - Falei. Lê-se "chandenfroide". - É uma palavra alemã para a sensação de prazer que a desgraça alheia provoca. - Expliquei. - Em bom "brasileiro" quer dizer gozar com o pau dos outros.
O flamenguista não gostou. Como sempre, aliás. Eles só querem sentir-se superiores. Quando o time está na pior, a torcida desaparece. Basta, então, o Flamengo ganhar um jogo que se torna o melhor time do país para seus passionais torcedores. Depois criam títulos estapafúrdios como o "recorde de público" ou "patrimônio cultural" e dedicam-se a desmerecer as conquistas alheias, até inventando pentacampeonatos irreais, afinal, em 1987 o Spor foi o campeão pois o Flamengo amedrontou-se em disputar o quadrangular final com os times do outro módulo, a famigerada segunda divisão.
- Xandefroidis é o caralho! - Reagiu o flamenguista. - Vestimos o manto sagrado, seu feladaputa.
A agressividade não me espantou, é o principal recurso dos imbecis. Não me rendi, contudo:
- Teu manto, rubro de vergonha, cobre apenas a empáfia dos medíocre, afinal, o esporte não passa de um divertimento que vocês elevam à primeira grandeza em importância. – Cuspi o discurso de bate-pronto. Como ele não entendeu, resumi: - Pare de tirar sarro. Tua “brincadeira” já cresceu e tá inconveniente.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Uma canção de natal
- é natal, é natal, pega no meu pau...
- ô moleque, que música é essa?
Ele me olhou e completou.
- tudo bem, tudo bem, pega no teu também...
Tive que rir. E ele continuou.
- hoje a noite é fera, vou com a galera, feliz me masturbar...
Vi que o jovem pentelho queria apenas provocar. Forcei as engrenagens cerebrais e cantei:
- Ao pegar no pinto, pinto pequenino, vem ao dedo mínimo se comparar...
Foi a vez dele rir.
- Você é poeta? - Perguntou.
- Não. - Suspirei. - Sou punheteiro mesmo...
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
túnel de luz
Sinopse: Sergio sofre um acidente de moto e acorda num túnel com uma luz muito brilhante saindo por um portal. Após atravessar, descobre mistérios curiosos sobre a vida após a morte.
sábado, 24 de novembro de 2007
12º ezine Bar do Escritor e ebooks
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
bonde de elite: bandido ou traficante?
a sociedade (burguesa) brasileira está alarmada. assistiu Tropa de Elite e viu bandidos malvadões convivendo com os filhos. descobriu que são os próprios rebentos que financiam o tráfico de drogas.
- quem poderá nos defender? - Perguntou a dondoca dourada de bijouterias (para enganar futuros maridos ricos e/ou assaltantes).
Chapolin Colorado informou que condena a ação torturadora do Bope (um Doi-Codi modernizado). Sobrou para para a justiça brasileira, por isso, a vaca foi pro brejo e avisou que de lá não sai, pois "nesse pardiero, só bovino fica preso".
a dondoca, então, apelou aos políticos.
- Quantos tropas de elite serão necessárias para acabar a bandidagem?
nenhum quis responder, oras, por que dariam pistas sobre o auto-extermínio? contudo, os donos do poder lembraram-se muito bem da década de 1920 no EUA, em que a bebida alcólica foi proibida. o argumento? bem, diziam que era ruim para o povo. os oportunistas se uniram e iniciaram uma rota de tráfico. foi época da maior influência criminosa na política, essas organizações só se mantinham livres com o apoio das facções legislativas corruptas.
liberaram novamente o goró. o argumento? bem, diziam que não dava para reprimir. em contrapartida, resolveram proibir outros produtos que eram "ruins para o povo". um deles era a maconha, afinal, era perturbadora a disseminação da tal erva trazida por negros pobre entre os "americanos brancos e livres". o álcool, ao menos, seria controlado pelas grandes corporações, que contribuíam vultuosamente às campanhas políticas. a cannabis não traria lucro, portanto, era ruim.
o capitão nascimento, herói dos desinformados, atribui todos os problemas dos morros cariocas ao boyzinho que aperta um cigarrinho do capeta. esquece-se, entretanto, que o pai do boyzinho é um corrupto que contribui muito mais para a violência social através do desvio de verbas públicas. deixa de ver, também, o obtuso capitão, que sua batalha jamais terá resultado sem outras ações de Estado que corroborem a vontade de impedir que o dinheiro angariado por bandidos disfarçados de traficantes possa ser utilizado para o municiamente de máfias violentas. não basta prender, tem que haver uma estrutura para redirecionar a dinâmica entre traficantes, usuários e a indiferença social.
a dondoca, assustada, pois sabe que o filho faz "aviãozinho" para os amigos, ou seja, compra maconha no morro e repassa aos colegas, tem medo que ele seja confundido com um bandido. segundo ela, o filho é apenas viciado. pior mesmo era o pai do moleque, um verdadeiro canalha, que enchia a cara e dava na fuça da mulher. ela acha que deveriam saber diferenciar um drogado de bem de um bêbado do mal. ou um bandido assaltante sacana de um traficante aviãozinho tolo. "quem sabe um Cadastro Único? - bastaria pedir: mostre o CU..."
no fim, nossos chapolins colorados, os tolos comandantes que travam "guerras santas" contra contrabandistas de droas protegidos e apoiados pela conivência social, tentam limpar a sala escondendo a sujeira debaixo do tapete. não dá: já existem cadáveres demais e soluções de menos.
afinal, por que as drogas são proibidas mesmo?
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
bardoescritor.net
feríssimo!
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olhai a HQ! e os ebooks no bde:
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
fábula suicida
responda-me:
- se eu te saltar
fodeu?
.
do sapo que caiu do céu
repito o esculacho:
- afasta chão
senão me esborracho
.
então, após o salto
suicida fatal
virei pizza de asfalto
sem orégano e sal
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terminei o conto Pânico de Jet Ski - Mão Branca agindo em Fortaleza
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Fim de Era
gosto mais do calor. é bom para ir acostumando com o inferno. sim, segundo Al Gore, os níveis de monóxido de carbono já são suficientes para provocar uma alteração climática no padrão da última glaciação. o apocalipse para várias espécies. o provável extermínio da raça humana.
a temperatura atingiria 60 graus e a água seria escassa. a vegetação só sobreviveria em estufas. os mares se tornariam desertos e os céus, tomados por estática, descarregariam raios e tempestades na superfície em chamas. as pessoas morreriam aos milhões, bilhões. quem restasse se tornaria um zumbi, igualzinho aos filmes. perambulando sem esperança atrás de comida num mundo devastado. a mediocridade do homem finalmente venceria a natureza, mostrando-se como um vírus estúpido que assassina o hospedeiro e, consequentemente, dizima a própria geração.
muitos, como eu, sentem que o fim está próximo. é a falta de esperança, na verdade, que trás o sentimento de fim dos tempos, de falta de futuro. o conhecimento mundial das atrocidades que provocamos uns aos outros é premissa suficiente para desejar o sumiço destes primatas carecas. destruimos tudo ao redor e, não suficientes, guerreamos, além de nos dividirmos em grupos só para arranjarmos mais adversários para a batalha. uma hora essa carnificina terá que acabar, afinal, não haverá o que destruir.
já vejo zumbis andando entre nós. ainda são saudáveis e bem sucedidos, mas não passam de seres irracionais em busca de comida. hoje fez calor, ontem também. o lago da minha cidade está mais raso. li no jornal que planejam nova reunião sobre o protocolo de kyoto somente no próximo ano.
acredito mais num mundo pós-apocalíptico, com apenas um resquício nojento da nossa emporcalhada existência , que na possibilidade de regeneração da desg-raça humana.
obs.: se, então, descobrir que há algo além da morte, espero que não seja cíclica com infinitas reencarnações. seria um saco repetir os mesmos erros. caso as reencarnações aconteçam em diferentes níveis de existência, ainda assim acharei chata essa classificação em padrões. por fim, se descobrir que é um lugar maniqueísta como gostam os cristãos, desejarei ir para o inferno. é mais calor, sabe, do jeito que gosto. além do mais lá encontrarei meus ídolos, todos ateus, muitos anarquistas e a grande maioria roqueira.
que venham os mortos!
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Al Gore - ex-vice-presidente norte americano
que venham os mortos - música da banda paulista zumbis do espaço
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Momento final
no momento final
na hora serena
cerrarei os olhos
e, sorrindo, perguntarei:
- valeu a pena?
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
invadam-os, yankees
já me meti em briga alheia só para surrar o agressor. eu nada tinha com a treta, aliás, fujo delas, mas não aguênto ver opressão. sou um libertário por natureza, contudo aceito a ditadura da liberdade. se eu pude defender alguém, por que um país não pode invadir a soberania de outro em nome da sua visão de justiça?
- invadam-os, yankees! - grito, hoje, ao ver tropas norte-americanas desembarcando em algum lugar do mundo, tanto para manter sua maldita indústria bélica aquecida quanto para apregoar seus pretensos ideais democráticos.
qualquer guerra é estúpida, mas o que fazer se ela nos bate à porta? sou daqueles que dão um boi para não entrar numa briga... o resto é bem conhecido, e comum. ninguém gosta de brigar, mas apanhar é bem pior. se, por outro lado, somos capazes de imputar nossa vontade, o que nos impede de tentar fazer o que achamos certo?
- porém, a guerra santa islâmica é baseada no mesmo pensamento. - lembrou-me meu senso crítico.
sim, a diferença é que o pensamento muçulmano está aliado à religião, que é chauvinista, limitada e racista. qualquer religião é preconceituosa, aliás, pois há o princípio dos dogmas aceitos por fé ou temor à algum deus. então, é aceitável a intervenção de qualquer ideologia em ambientes alheios com a intenção de divulgar a própria crença?
- não, não é, porém é assim que acontece.
se todos se acham capazes de reger os interesses alheios, os EUA não fazem nada de errado ao usar sua infinita superioridade armamentícia para definir o desenvolvimento bélico de possíveis adversários. ahmadinejad até pode espernear, mas se jogar água fora da bacia será o próximo algo.
em outros tempos eu condenaria a invasão, hoje já a aprovo. a alternativa, a autonomia iraniana, não seria uma situação mais conflituosa que a simples intervenção norte-americana? imagino que sim, eu não gostaria de ser alvo de um ataque de muçulmanos do jihad, fanáticos sanguinários, mas até aceitaria sofrer uma intromissão do EUA por dois simples motivos: não teria que aceitar o corão e gosto de rock´n roll.
contudo... israel tem na "américa" um aliado fiel. por quê? seria por dominar economicamente as corporações financeiras ou por serem o povo de deus em luta contra os fariseus?
não importa. se continuarem tão agressivos e violentos, esperarei a coerência da atitude norte-americana e gritarei mais uma vez: invandam-os, yankees, mesmo sabendo que é mais fácil uma guerra mundial entre ocidentais e árabes que israel sofrer com a mesma política aplicada ao iraque. não é certo, mas é assim que acontece.
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
invadam-nos, yankees
imagine: os yankess se cansam da nossa indolência em relação à amazônia, ao pantanal, às bacia hidrográficas e, sabendo do sucateamento do nosso exército, resolvem invadir o brasil.
um anarquista ateu com formação marxista, como eu, certamente deveria se alistar nas fileiras rebeldes de resistência, afinal, a liberdade é o bem mais precioso do ser humano. contudo, brado:
- invadam-nos, yankees!
o motivo da minha mudança de posicionamento é simples e prático, relaciona-se à mais profunda característica do brasileiro que é a inutilidade. sim, somos inúteis. o ultrage à rigor foi certeiro ao compor a música sinônima.
a supremacia da política vermelha nos últimos anos me surpreendeu. fizeram, lula e seus companheiros, tudo o que programou o FHC (um direitista), com o diferencial de serem mais incopetentes, mais corruptos, mais coniventes e muito mais totalitários. os norte-americanos gostam tão pouco da esquerda que até seus carros são automáticos para não precisarem apertar a embreagem (o pé esquerdo fica lá, paradinho).
como os brasileiros, historicamente dominados, são incapazes de gerir as próprios obrigações com responsabilidade e igualdade (não falo em assistencialismo eleitoreiro, entenda!), uma invasão yankee nos mostraria como mandar nossos corruptos para a cadeia e não para casa com habeas corpus safados julgados por tribunais burocráticos e insensatos, afinal, libertar bandido por erro técnico é o mesmo que acorbertar suas pilantragens.
aprenderíamos que o serviço público é direcionado ao povo, o soberano do estado, e não aos interesses daqueles que contratam seus comparsas incapazes e fantasmas intuindo geri-los de salários até as próximas eleições, para, então, contar novamente com seu apôio, enquanto as necessidades trabalhistas dos cargos continuam inexequíveis.
saberíamos o que é salário mínimo, plano de habitação, seguro desemprego, reposicionamento laboral, aplicação construtiva dos tributos, não esses arremedos de ações públicas que servem de paleativo contra manifestações populares. por que lá essas coisas funcionam, enquanto aqui estas atitudes quixotescas funcionam apenas como canal para o desvio de recursos nacionais?
pior ainda é ver que prefiro um líder que se exceda sexualmente com a permissiva secretária, gozando em seu vestido, que um presidente carateca aliado à assassinas oligarquias (afinal, Lindolfo, seu avô, matou com um tiro um colega no senado) que tenha f... o povo e volte à cadeira desta apodrecida casa legislativa com o aval alagoano.
não sou um norte-americanista, pelo contrário, desprezo sua prepotência e a intromissão, porém detesto ainda mais a inconsistência e o "revolucionarismo" insusbstancial brasileiro.
Raul Seixas, em música regravada pelos Titãs, afirmou que a solução seria alugar o brasil. bem, até poderíamos fazer isso, mas para tanto precisaríamos da posse desta terra, porém, bem sabemos, a terra pertence aos índios que violentamente matamos, estupramos e expulsamos, além de ainda o considerarmos silvícolas, ou seja, incapazes. seriam mesmo os índios os incapazes?
sábado, 6 de outubro de 2007
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Mão Branca em hq
o cartun do MB foi o Lucasi quem fez. achei feríssimo. quem sabe não decola numa história?
teve Kiling Travis no Bar do Escritor. sou fan.
veja a HQ O buraco do azeite do zine do bde. a parceria com o Rafael ficou ótima.
tô lá nos Anjos de prata n. 165. cheio de gente boa.
o Crônica candanga vai engrenar. vou dar um gás.
bem, conheçam tb a instituição mão branca. um lugar com os mesmos ideiais que o MB: ajudar a quem precisa, do jeito que dá.
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Sarau 100 horas de poesia
...
Das 23 às 01 (de quinta-feira, 20) - Mão Branca, Ammenres, Marina Andrade, Timm Martins, Paulo Roberto Macedo e Coletivo de Poetas. O escritor Mão Branca lança o zine Bar do Escritor, de contos e poesias. Ammeres autografa Eva, poesia, edição bilíngue - português/espanhol, com recital. Marina Andradade faz show em homenagem ao poeta Augusto dos Anjos e autografa o CD Versos Íntimos. Minipalestra sobre a vida e a obra de Augusto dos Anjos, por Menezes y Morais.
Prestigiem!
terça-feira, 11 de setembro de 2007
na feira do livro de brasília
"registrando"
no manufatura com O homem que olhava para o céu, no livro aberto com Crise de Vireida, no apoenicos com Oportunidades, no contos de cinco palavras com Tentação, na revista lasanha 3 com Reaja e, o mais legal,
no ezine 8 do bar do escritor com a hq O Buraco do Azeite.
o zine zero do BAR DO ESCRITOR já está nas ruas. peça o seu!
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
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só vi que tava na internerd agora: minha vó clotilde no jonal hoje
domingo, 2 de setembro de 2007
Buenos Aires ao contrario
O portenho espirrou na minha cara.
- Permiso. - Falou.
Oras, claro que não permito. Fechei o cenho. Ele esticou um lenço de seda.
- Sujo. - Disse.
Queria que eu lavasse ou o quê?
Sorriu.
Hunf, esses argentinos são muito antipáticos.
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* o "ao contrario" do título é como os argentinos respondem ao "gracias".
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
zine do bar do escritor
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
A farsa de Lula – propaganda subliminar do BB com as 3 atitudes
A farsa de Lula – propaganda subliminar do BB
A quem eles acham que enganam? A propaganda do BB com as tais 3 atitudes é a mais descarada influência subliminar que pretente a aprovação do terceiro mandato do ditadoreco Lula, incutindo no cocoruto do povão que é preciso 3 mandatos para o presidente fazer tudo que precisa.. Se 2 + 1 = 3, então 21 é a tal agenda da sustentabilidade. Até a publicidade é ruim.
Depois do Morales ter enviado ao congresso boliviano a proposta por re-eleições sucessivas e do clone do Fidel, o venezuelano Chávez já ter assumido o controle do país com um golpe juridicamente legal (porém ainda totalitário), será que engoliremos outro Getúlio Vargas?
Sempre li sobre a corrupção da esquerda nas análises das teses marxistas, mas acreditei ser diferente na nossa visão brasileira da igualdade. Bastaria colocar alguém que fosse realmente do povo no governo que sua visão abrangente das necessidades humanas o faria governar magnanimamente. Mas vejo que apenas mente para nós, seus eleitores, seu suporte democrático.
Votei nele e me vejo traído na destruição do meu sonho neo-socialista da criação de um estado nacional popular e produtivo. Eu acreditava no Lula e na proposta do PT. Era minha utopia juvenil, meu sonho de evolução humana. Talvez pudéssemos chegar aonde ninguém jamais imaginou: o país do futuro. Hoje só vejo nos rostos dos meus amigos a falta de esperança.
Desde 1989 avalizei a esquerda. 1, 2, 3 vezes vi o Lula, meu Dom Quixote, perder as eleições. Na quarta eleição me embebedei de alegria ao vislumbrar a realização do meu ideal utópico: o povo no poder! Na eleição seguinte, esta última, apenas a quinta da redemocratização, aquela que corroboraria a verdade socialista no nosso país, infelizmente anulei meu voto pois não participaria novamente da aprovação do governo corrupto e destrambelhado do funileiro sindicalista.
Não é possível que os brasileiros aceitem essa bandalheira. Será que acham que somos tolos?
A OAB propaga a campanha Cansei. Dizem-se enojados de tanta falta de controle do executivo, da inabilidade em gerir os recursos sociais. Eu me canso é dessa atitude dândi dos advogados, pois admitem os truncamentos da justiça sempre que é a favor próprio, mas atacam tudo aquilo que os atinge. Digo ainda mais que esses flutuadores lobistas: BASTA!
Chega desta jogatina jurídica e legislativa imoral e hipócrita, chega de foro privilegiado, de voto secreto, de renúncias de corruptos, de recursos e mais recursos nos tribunais, de decisões políticas, de truncamento nas investigações policiais, de programas sociais gratuitos que sustentam eleições presidenciais, de escracho com as forças armadas, de mentiras ao povo, de excelências e doutores pilhando o país com interesses particulares. Basta de enganação!
Sim, chega de sermos considerados elites por participarmos da camada pensante e crítica da sociedade. O brasileiro com curso superior, que acessa a internet e que não ganha a esmola governamental é desconsiderado pela cúpula petista. Chamam-nos de golpistas quando, na verdade, são eles que querem alterar a Constituição para inserir novas regras no meio do jogo.
É claro que esta crônica não alterará a disposição das estruturas corroídas da república, mas é bem capaz de incitar a reflexão. Então divulguemos aos nossos pares esta indignação a tudo o que está errado neste país.
Qual será o próximo passo deste traidor molusco? O projeto para a reeleição já está em vias de apresentação à Câmara. Em meio a tantas turbulências não fará revoada, talvez seja aprovado por baixo dos panos, a exemplo de tantos outros absurdos da política brasileira. Já que o plano de eleger José Dirceu foi por água abaixo, por estupidez na própria concepção, com mensaleiros, indicações imorais a cargos valiosos e desinformação terrorista, a saída agora para o governo é imitar as republiquetas anti-chauvinistas latino-americanas.
É inaceitável saber que eles acham que realmente nos enganam.
Entendam, canalhas, que a falta de ação dos brasileiros está mais relacionada à ignorância da própria capacidade que ao pouco interesse pelo bem comum. O brasileiro é honesto e lutador. Só precisa entender que é senhor do próprio destino, tanto de colocar para fora os incomPTentes quanto para não trazer de volta os velhos safados da antiga república.
O pior de tudo, contudo, é lembrar meu avô dizendo que o Brasil nunca foi tão bom quanto na época Vargas. Aiaiai, Getúlio.
-----------Tb em A verdade sufocada e Ternuma. jóia.
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
domingo, 12 de agosto de 2007
Consciência Venenosa
From: jomarcarvalho
Date: 06/08/2007 11:00
Subject: matador dos velhos de goiás
To: maobranca
O assassino dos velhos em Pirenópolis está em São José do Rio Preto, SP. Ele veio de carona num caminhão de pedras. O motorista não sabia, é meu amigo. Me pediu para avisar a polícia, tá inseguro. Decidi antes te mandar esta mensagem.
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Contemplei o email por vários minutos. O anúncio de “matador de bandidos” no fórum de direitos humanos na internet dava resultados. Pessoas descrentes com a justiça pediam vingança. Eu comprovava a veracidade dos dados antes de qualquer ação, me borrava de medo de ser investigado pelos meninos da lei.
De um cybercafé respondi ao paulista que não tinha tempo de procurar o vagabundo por toda a cidade. Ele retrucou dizendo que o mala perambulava bêbado pela praça Jardim Vivendas. Botei na mochila duas garrafinhas de cachaça e parti de moto para São Paulo.
O vento invadia o capacete assoviando uma inconstante sirene. A estrada nova estava repleta de pedágios e barreiras policiais. Fiquei satisfeito por não levar as armas. E também por encontrar desvios dos pedágios nas trilhas paralelas à pista. Meu coração anarquista não admitia pagar outra taxa além do IPVA.
Na cidade segui as placas direto à praça. Não foi difícil encontrar o tal Ricardo esparramado num banco. Ele vestia calça jeans, camiseta e chinelo de dedo, a mesma roupa de quando foi avistado num matagal perto de Pirenópolis. A complexa operação tática a polícia não o capturou, mas colheu informações que vazaram para mim através de um amigo meganha que também prefere os justiciamentos.
Observei o sacana de longe por um bom tempo. Ele mendigava uns trocados, bebia uma pinga no boteco da esquina e voltava ao banco da praça. Segurava a cabeça apoiado com os cotovelos nos joelhos, depois olhava para o céu e apertava os olhos. Parecia sofrer por algum problema. Sua consciência não estava limpa, é claro, mas me surpreendi ao perceber que ele podia estar se punindo pelo assassinato.
Aproximei-me. Haviam poucas pessoas ao redor e todos os outros bancos estavam vazios. Ele se exaltou receoso. Sua desconfiança logo se esvaiu quando viu o baseado pendurado na minha boca. Sentei ao seu lado e o cumprimentei com a cabeça fingindo desinteresse.
- Tem fogo? – Pedi para disfarçar.
- Não fumo.
- Não te perguntei se fumava. Perguntei se tem fogo. – Bradei e me arrependi em seguida. Eu devia ganhar a empatia do sujeito ainda que quisesse esganá-lo ali mesmo.
Arranquei com uma mordida a ponta de papel do baseado e a cuspi quase aos pés do canalha.
- Hei. – Reagiu.
- Foi mal.
Tirei do bolso uma garrafinha e bebi uma talagada da cachaça. Percebi de soslaio que Ricardo acompanhou meus movimentos.
- Quer uma dose? – ofereci.
Ele aceitou e mandou para dentro. Devolveu a garrafinha que guardei na jaqueta.
- Onde eu compro fósforos por aqui?
- No boteco. – Apontou o local onde eu o vira bebendo. Ao lado havia um armazém de produtos agropecuários, elemento perfeito no plano para apagar os vestígios da minha presença.
- Aí, mermão. – Cocei o joelho. – Você compra um fósforo para mim? Tô com um problema na perna.
Ele ficou desconfiado. Dei o último gole na garrafinha.
- Aproveita e enche. – Estendi uma nota de cinco pilas e pisquei sorrindo.
Ele pegou a nota e a garrafinha.
- Cara, passa no armazém e compra um pacote de veneno de rato também. Preciso me livrar de uns sacaninhas.
Fiquei observando o assassino entrar no bar, depois no armazém e voltar até o banco. O idiota não sabia que estava criando as provas do próprio suicídio.
- Ó. – Deu-me um pacote de veneno Ratol, fósforos e a garrafa cheia. Destampei e mandei uma beiçada. Guardei as coisas no bolso externo da jaqueta.
- Valeu.
Risquei um palito e acendi o baseado. Traguei profundamente e prendi no pulmão. Quando soltei, a fumaça parecia uma cobra azul serpenteando em direção ao sol. Puxei a garrafinha que estava no bolso interno da jaqueta e a ofereci sem tampa ao assassino. Ele deu um grande gole.
- Manda mais. – Incentivei. – Como pagamento por sua gentileza. – Ele bebeu outra boa dose. Continuei fumando sem oferecer, não queria gastar minha erva com um cadáver ambulante.
Guardei a garrafa que ele me devolveu e tirei a outra do bolso de fora da jaqueta. Não sei se Ricardo viu esta troca, já não importava.
- Sabe, - traguei novamente. – o Ratol que você me comprou é muito bom, composto à base de chumbo, mas prefiro o veneno Mão Branca, que tem um percentual maior do agente tóxico. Quando entra no estômago da vítima é morte certa. – Bebi um gole. – Tem ação mais rápida quando diluído em álcool. Em poucos minutos a vítima sente uma queimação na barriga.
A mão que ele levou ao estômago pode ter sido um reflexo sintomático, mas achei que já sentia algo diferente.
- Logo sente as veias em fogo e começam as convulsões, mas a morte ainda demora quase uma hora. É puro sofrimento. – Puxei a última tragada e dei um piparote na bituca. – Igual à dor dos parentes de Cirilo e Ceci, os velhos que você degolou em Pirenópolis.
Minhas palavras atingiram Ricardo como um soco. Ele abraçou a barriga e simulou uma ânsia de vômito. Seus olhos perderam o foco. O Mão Branca que eu havia colocado na garrafinha reserva já havia sido absorvido e queimava as entranhas do assassino. Ele começou a tremer e saliva escorreu pela lateral da boca.
- Cheguei a pensar que você estivesse arrependido. Talvez até esteja, mas ninguém saberá. Não importa. O que você fez não tem perdão. – Aproximei o rosto do moribundo. – Manda um oi pro capeta, seu merda.
Coloquei o pacote de Ratol em suas mãos. A polícia ligaria as pistas e concluiria que ele se suicidou por dor de consciência. Ter comprado cachaça e veneno nas lojas ao redor seria a comprovação irrefutável. Dias depois li no jornal a notícia de sua morte com o título “assassino comete suicídio”.
A única pista que poderia me identificar seria a garrafinha com o veneno. Nem a placa da minha moto ficou registrada nas filmagens dos pedágios. O IML não faria uma autópsia para saber se o veneno no bucho do bandido era o mesmo encontrado em suas mãos. Voltei para Brasília acelerando a moto, eram apenas três horas da tarde.
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
ebook Estrada para o Infinito
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
revistado
domingo, 29 de julho de 2007
A palma da mão branca
faz do homem irmão
e esbofeteia com precisão
Em todos é branca
mas a igualdade manca
falta a unidade franca
Esta branca mão
é paz
ou rendição?
quinta-feira, 26 de julho de 2007
sombrio
terça-feira, 24 de julho de 2007
anjo
só vi agora: tô lá no Anjos de Prata com o conto O Buraco do Azeite, que em breve sairá como uma HQ desenhada por Rafael Pereira. fera.
ah, o bar do escritor, a comunidade de literatura mais ativa do iorgut, tá no Overmundo. confira.
sexta-feira, 13 de julho de 2007
tantos lugares
sábado, 7 de julho de 2007
Não me importo com os brasileiros
Minha azia atacou, eu lia as notícias matinais na privada. Lugar perfeito para tanta merda: corrupção, descaso, roubo, falta de vergonha. O estômago repuxou. Pensei no povo:
- Desisto.
A azia provocada pela ansiedade de um Brasil melhor sumiu. Assim, magicamente, na hora que entendi que a responsável pela manutenção da própria desgraça é a população.
O voto, para mim, um anarquista, é a expressão da dominação oligárquica através do sistema democrático. Com a obrigatoriedade os cidadãos acabam concedendo a alguém a sua anuência ao governo. Numa sociedade basicamente analfabeta (para não dizer ignorante), as manipulações econômicas são evidentes. Resta aos instruídos e excluídos da pilantragem (claro) a triste aceitação passiva.
- Sim, passiva, senão me ataca a azia.
Contudo, conhecendo melhor o povo, vê-se que ele não é um Grande Otelo mas um Mané Garrincha. O Otelo mostrava-se malandro, fugia dos problemas por cima, porém deixava claro que só é feliz quem é correto. O Mané, em seus prazeres parecia abobalhado, gostava da simplicidade, mas era um sedutor arguto e beberrão incorrigível. Fingia-se tolo para ser perdoado. Dava um jeitinho. Igual ao povo.
A troca do voto por qualquer favorecimento pessoal é responsável pela existência da trupe de peraltas que urubuzam o estado brasileiro, restando aos cidadãos contentarem-se com as réstias da lavagem.
Mesmo a venda do voto em troca da comida, ainda esta, é um ato execrável. “Você come, mas condena seus filhos à fome” diria um sábio.
É a concordância com a roubalheira, a corrupção, a indolência, a hipocrisia dos governantes. É como se participasse de toda a libertinagem, porém, curiosamente, o espólio não surgisse, permanecendo nas mãos dos donos do poder. Nem a isso presta o povo: continua pobre enquanto enriquece os sacanas.
Em Atenas, o voto era comum a todos os cidadãos (homens, adultos e gregos), 2% da população. O resto, a plebe, esta permanecia sob o jugo dos democratas. O curioso é que os debates ferrenhos conquistavam quase metade das partes para cada lado, com o destino sendo decidido pelo decisivo voto de poucos. Assim, quase a metade (dos cidadãos, sem contar a plebe) deveria aceitar o que pouco mais da outra metade decidiu. Que raio de igualdade é esta que tantos devem aceitar o que poucos escolheram? Por que, aliás, todos devem ser iguais?
Talvez, nos tempos gregos, com a tecnologia do aço apenas, os filósofos não conseguissem vislumbrar uma sociedade em que cada cidadão tivesse sua importância baseada naquilo que ele devolve a esta sociedade em forma de trabalho, impostos, participação e outros fatores subjetivos. Será que este cidadão, hoje, após a revolução digital, deveria ser obrigado a aceitar a decisão de um grupo que pensa diferentemente de si ou, talvez, pudesse ter suas impressões respeitadas para seguir um curso paralelo?
A azia. Parei com tanta filosofia.
- O povo é burro. – Lembrei-me.
Ele jamais entenderia que tem nas mãos a capacidade para mudar o próprio destino. Nem tentaria explicar que a anulação do voto é a forma precípua de informar aos legisladores que não queremos mais este sistema formal e ultrapassado, além de execrar os candidatos partícipes da bandalheira pútrida do nosso governo. Me forcei, contudo, a aceitar que o povão não entenderia que simplesmente votando em pessoas desvinculadas de qualquer interesse corporativo eles alterariam o curso corrompido do sistema existente.
Sim, ainda sonho em ver os brasileiros colocando a própria gente nos cargos de relevância, para organizar esse trem pensando no bem de todos. Não quero mais ver o esfacelamento do poder pela simples incompetência dos governantes. Basta da corrupção de inaptos.
A azia.
- O povo é burro ou se faz de burro – Disfarcei para mim mesmo. – querendo dar um jeitinho...- Respirei fundo, tentei me controlar, mas acabei gritando: - a prova que realmente é burro!
Oras, não percebe que corroborando o sistema vigente jamais será patrão, nunca deixará de ser empregado.
- Não me importo com os brasileiros! – Menti em voz alta. Me senti melhor, mais calmo, o estômago ficou frio. Preparei-me para o dia e sai. Sem puxar a descarga, afinal, sou brasileiro: não me livro da merda.
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Em Apoenicos e Livro Aberto também.
terça-feira, 3 de julho de 2007
War literário
Meu objetivo agora é ser lido do Alaska, da India, de Moçambique e de Marrocos. Ja "conquistei" Japão, Coréia do Norte, China, Israel (?) e Angola (entre outros). Ehehehe. E viva a anárquica InterNerd.
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Domigão passado com a literatura obscura de Mão Branca:
- um herói do roquenrou, uma reviravolta, uma surpresa. uma (ou duas) dúvidas.
conheça os Ultracaras no Bar do Escritor.
quinta-feira, 28 de junho de 2007
Puro Gama
Do planalto escarpado
No profundo púrpura do céu de Brasília
Vem o periquito do cerrado
Trazendo conquista e esperança
Voando alto, onde alcança a vista
Orgulhando meu peito
Em pujança
O Gama é o
nosso povo
teus torcedores em bando
tão fiel e forte como unido
seguiremos te cantando
nosso brado em alarido
O Gamão é o
Nosso amor
quinta-feira, 21 de junho de 2007
terça-feira, 19 de junho de 2007
Imita a Gretchen
- Imita a Gretchen! – Gritava a molecada.
E lá ia o infeliz rebolar e cantar “conga la conga” na frente da trupe. Nas mais ferozes, o dançarino ainda tinha que colocar as mãos na cabeça e as esfregar pelo corpo, num contorcionismo pretensamente sensual.
Até as meninas eram obrigadas a imitar a Gretchen, deixando claro que era também ridículo para elas a atuação.
Ninguém gostava de imitar a Gretchen. Ninguém gostava da Gretchen. Mas ela estava lá, na tv, para todo mundo ver e ouvir. Qual o interesse do público em um artista como ela, evidentemente má cantora e notadamente feia? O que se acrescia às artes expondo a bunda da moça? Obviamente nada, porém os empresários que a cercavam conseguiram muito crédito vendendo um produto de qualidade inexistente a um público ávido por consumir a arte nacional.
As manipulações mercantis garantiram à Gretchen e seus promotores uma boa féria, restando à cultura o lixo passageiro, afinal, suas músicas não resistiram nem à próxima estação. Ao povo sobrou a brincadeira: - Imita a Gretchen!
Porém, o conceito permanece. Não bastassem as carlas peres, sheilas e rouges (estas não rebolavam mas eram também estranhas), até hoje convivemos com a imposição dos gostos dos donos dos meios de comunicação. Ainda somos bombardeados a consumir produtos que não temos a mínima proximidade. Exemplo: fórmula 1.
Alguém conhece pessoalmente algum piloto profissional de automobilismo? Participa de algum campeonato de corridas de carro? Gosta realmente de correr a 300 km/h?
Mesmo que as 3 respostas sejam positivas, ainda há a principal: por que gosta mais de fórmula 1 do que da fórmula indi, sendo esta muito mais competitiva, interessante, organizada e segura?
A resposta aparece quase todo domingo na tv Globo, na forma de uma efusiva competição entre... empresas automobilísticas milionárias e pilotos filhinhos ricos de papais playboys? Quem, cônscio e opinativo, apreciaria isso? Certamente se o espectador nunca tivesse contato com tal competição, ao assisti-la pela primeira vez, a estranhasse como se hoje visse a pitoresca corrida de “perseguição ao queijo morro abaixo” que acontece na Europa.
Somos tristes cordeiros conduzidos coercitivamente em direção dos interesses da indústria cultural, e como toda indústria sua meta é o lucro e não a responsabilidade social, ou qualquer outro conceito que exima algumas pessoas de escolher por todas as outras.
Há escapatória? Sim, a internerd (mas isso é outro assunto).
No último domingo eu apareceria numa matéria sobre literatura. Coincidiu de ser exatamente no momento da chegada numa corrida. Mudei o canal e a turba chiou – estávamos na casa de um tio. Falei que eu iria aparecer na tv.
- Mas eu quero ver a corrida. – Reclamou o Darse, velho amigo de meu pai.
- Espere um pouco... – Pedi. – Eu vou aparecer.
- A corrida. – Esbravejou.
- Tá. – Olhei para ele. – Mas antes imita a Gretchen.
Ele não entendeu. E eu também não tive paciência de explicar, afinal, ele gostava de fórmula 1 e provavelmente imitava o equivalente da Gretchen de seu tempo. A Vanusa, talvez.
domingo, 17 de junho de 2007
Bar do Escritor na RedeTV
sábado, 16 de junho de 2007
Reaja
Avistei três rapazes vindo ao meu encontro. Estranho. Um branquelo com gel no cabelo loiro se adiantou.
- Assalto! - Um canivete surgiu.
Analisei-os. Além do alemão, os outros também tinham uns 20 anos e o maior uns 70 quilos. Pareciam nervosos. Estavam todos na minha frente, o primeiro erro.
- Pegou o cara errado, negão. - Pedi calma com a mão esquerda e com a direita achei as chaves no bolso. O chaveiro era o meu canivete. - Não tenho dinheiro.
- Dane-se. Passa a carteira! - Falou o alemão. Era o líder.
Há anos eu não era assaltado, desde que cresci. Agora, com 1.82 metros e 88 quilos, os bandidos sempre escolhiam outro alguém menor, por segurança.
Num confronto contra vários adversários o primeiro ato deve ser a eliminação sumária de um deles: se desarmados, o mais forte; se armados, o mais fraco.
Puxei o canivete e avancei no sujeito mais próximo, abrindo um talho em seu braço. Sangrando ele dificilmente ajudaria os comparsas no resto da briga.
Encarei os restantes. Continuavam na minha frente, o mesmo erro. Se atacassem separados teriam a vantagem numérica, daquele jeito eram galinhas mortas.
Afastei-me enquanto o ferido era socorrido, outro erro. Esperaram meu próximo passo. Abaixei-me até uns pedregulhos. Zuni um no rosto do alemão, que se protegeu com o braço. Arremessei outro nas costas do mala de 70 quilos. Joguei ainda outras pedras, mas passaram longe dos alvos que fugiam correndo pelo gramado. Até pensei em persegui-los, mas ficaria suado. E se os alcançasse, o que faria? Não poderia matá-los à luz do dia no meio de Brasília.
Limpei o canivete com as folhas de uma árvore. Sangue de malandro merece atenção, quase sempre é contaminado. Voltei à caminhada e às preocupações. Minha carteira vazia continuava no meu bolso.
A cabeça ficou mais quente ao pensar nas reprimendas que levaria ao contar que reagi a um assalto. Cartilhas da polícia diziam para nunca atacar os assaltantes, o governo recrudesceu o desarmamento dos cidadãos e a bandidagem se organizou, mantendo suas armas ilegais e regozijando-se da instrução policial, afinal, facilitava para eles o povo acovardar-se como ratos. Tudo contribuía para a população sofrer como o Jerry nas mãos do Tom.
Esqueceram-se, contudo, que o esperto ratinho quase sempre se dava bem ao final do desenho. Ele reagia! Oras, aceitar docemente agressões é uma atitude política daqueles que desejam favores após uma ingrizia, uma síndrome de Estocolmo simplificada, é estupidez, o mesmo que agradecer o roubo.
Ouvi uma pedra quicar ao meu lado, procurei sua origem e vi que os salafrários voltavam ensandecidos e munidos de paus. Não deviam estar acostumados a reações, sentiam-se humilhados.
Resolvi reagir novamente: corri tão rápido quanto pude. Sabia que vencera o primeiro embate por conta da surpresa, no segundo talvez me estrepasse.
Sim, reagir era a solução. Nada de esperar as coisas se acertarem com o tempo. Eu tinha que reorganizar minha vida e arrumar um ofício que me desse satisfação, além de dinheiro suficiente. Andar a pé já estava perigoso.
sábado, 9 de junho de 2007
Gamão do Povão
Mostro, tb, o site Inferno Verde (que tá cheio de erros), Ira Gama (para deixar um recado aos torcedores) e o novo Blogama, que tb postou a crônica.
Ah, o Gamagol é o site oficial do Gama.
- E dá-lhe Gamaaaa... com muito orgulho e com muito amor... viva o PERIQUITO DO CERRADO!
quinta-feira, 7 de junho de 2007
Rock, poesia e zumbis.
- O rock é música boa e poesia ruim! - Sentencia há muito meu pai, roqueiro sábio.
E ele tem razão. Por isso reverencio quando conheço uma banda com boa poesia. também a divulgo, principalmente para agraciar os amigos e admiradores.
Se o rock pulsa na veia no mesmo ritmo que a bateria vibra no coração, há o caudaloso turbilhão sonoro que delicia aqueles de espírito jovem. É o puro êxtase ouvir um bom rock. Conheçam Exxótica.
Vida é a minha preferida. Uma espécie de tente outra vez mais hard. Eu mesmo também é ótima, trata de auto-conhecimento. Uau, rock com conteúdo.
Os caras tem cancha, fazem cover do Kiss há tempos, sabem unir o peso da guitarra com duas vozes e boas frases. Simplesmente empolgante!
Conheci o Anderson H pela interNerd, ou melhor, não conheci, só o li. Ele é um poeta diferenciado. Dos bons. Chamei-o de lado e perguntei:
- Cara, não quer que eu edite um ebook para você?
Está aqui o resutado. Divirta-se.
O que você sonha antes de dormir? Já sonhou com mortos-vivos?
Num mundo dominado por zumbis, em que a moto é a sua única companhia, um problema numa noite quente. O dia seguinte revelará o perigo sedutor da Vila das Amazonas.
Enquanto isso: conheça o Zombie Walk Brasília 2007 , o dia em que os mortos andarão na capital da res pública. Participe.
A terceira rodada do Ezine de Literatura Bar do Escritor está no ar. Em 12/06 a quarta rodada e em 20/06 a edição especial HISTÓRIAS DO BAR!
quarta-feira, 6 de junho de 2007
Pára o tempo
quinta-feira, 31 de maio de 2007
5 melhores discos de rock de Brasília
1. Legião Urbana - Dois - lp
2. Raimundos - Raimundos - cd
3. Capital Inicial - Capital Inicial - lp
4. Câmbio Negro - Sub raça - lp
5. Slug - Maxisingle - cd demo
qual o pior(só 1)
Plebe Rude - O concreto já rachou - lp
quarta-feira, 23 de maio de 2007
Roberto Carlos em detalhes no ebook.
Robertão vetou na inJustiça brasileira sua biografia. Esqueceram de avisar pro chatonildo que o mundo mudou e não existe mais a ditadura que dava suporte para sua música cretina e norte-americanizada. A interNerd revolucionou a sociedade.
Baixem aqui o ebook proibidão Roberto Carlos Em Detalhes de Paulo Cesar de Araújo.
De quebra, se quiserem baixar os MEUS ebooks de poesia e crônica, lá vai:
O corredor de portas trancadas - poesia;
Um dia Charles Bukowski - poesia;
Mortos que andam - poesia;
Dois dias depois - poesia;
Sou brasileiro e não me orgulho nunca - crônicas e
Contos de Mão Branca - contos (em breve).
Todos os ebooks estão no 4shared. Basta acessar o link, esperar " Loading file info. Please wait... Don't like waiting?" se transformar na URL do download.
quinta-feira, 17 de maio de 2007
Felácio
- Tá gostando? - Perguntou Guilherme, do banco do co-piloto.
- Sim... - Fechou levemente os olhos. A sensação de voar se confundia com o prazer de estar ali, livre, fazendo o que gostava, finalmente sentindo-se autêntico.
Um solavanco. Abriu os olhos. Havia batido no topo de uma moita de bambu. O avião descontrolado ia se esborrachar no chão. Avistou uma estrada e embicou para lá.
Ainda teve a presença de espírito de tirar a boca do amante de seu pau antes de invadir a pista e espatifar a aeronave no asfalto. Seria humilhante se descobrissem que o acidente foi causado por um boquete aéreo.
O barulho e a bagunça causada pela queda do bimotor na pista contrária assustou o piloto. A carona, traiçoeiramente, gritou desesperada e puxou o volante. O carro desgovernou-se e trombou de frente contra o portão de uma casa.
Recobrando-se ligeira, Mariângela conferiu no pescoço do motorista se havia pulsação. Ele batera a cabeça violentamente no volante. Aquela foi a última vez que deu carona a desconhecidas.
Ela baixou a calça do sujeito e ali mesmo abocanhou o bilau. Sugou com força enquanto massageava o saco. Punhetou o pau uns segundos e de repente: porra. O morto gozou! A mulher engoliu tudo murmurando um cântico gótico. Seria a melhor de suas bruxarias, a mais potente.
- O néctar masculino de um morto recente! - Anunciou, imaginando se aquelas gotinhas de esperma realmente lhe dariam uma voz magicamente sedutora.
- Você dormiu armado ou tá feliz em acordar ao meu lado? - gemeu, lânguida.
- É apenas tesão de mijo, esposa tarada! - Ele ria.
- Veremos. - Ela puxou a intumescência da cueca para si, descobriu o presente e aqueceu o falo do amado na boca suave e molhada. Deu umas lambidelas, umedeceu o membro e iniciou um trabalho violento. Sugou e masturbou com vontade. Enfiava até a garganta, depois voltava e chupava a cabeça enquanto massageava a base.
O marido, satisfeito, tinha ímpetos de prazer quase doloridos. Parecia que talvez virasse ao avesso através do pau.
- Ai, querida. - Afagou os cabelos da amada. - Assim você me mata! - Olhou o relógio. - Eu já devia estar saindo pro trabalho no portão de casa.
Um estrondo. Ela mordiscou de susto. Foram para a frente da casa enrolados no lençol. Um carro havia se estourado contra o portão.
domingo, 13 de maio de 2007
Ebook Sou Brasileiro e Não Me Orgulho Nunca
Os textos são narrativos e mostram o cotidiano de vários nativos desta terra ingrata em suas sofridas peregrinações no dia-a-dia inútil rumo à desesperança dum futuro melhor. A ironia unida à acidez nos conceitos destróem os pilares das estruturas corruptas e oligárquicas nacionais. A visão anárquica e ateia se unem às incertezas do cidadão, mostrando o sentimento principal deste livro: a desilusão com a pátria.
O ebook está em PDF, com 145 kbps e 20 páginas (A4). Divirtam-se. Ou não.
"Download alternativo do ebook"
quarta-feira, 9 de maio de 2007
Mão Branca na Barata
O site é administrado por Luiz Carlos Cichetto, um anarquista fan de Bukowski, Augusto dos Anjos e do bom e velho ROCK. Certamente um sujeito bacana, pois tem muito em comum comigo (hehehe).
segunda-feira, 7 de maio de 2007
Segunda é dia de ressaca
Hoje, no Apoenicos, com o conto A ressaca do Maconheiro.
Ontem, no Livro Aberto, com o conto Os petiscos de Felipe.
Dia 01 de maio, no Bar do Escritor, com a poesia Profissão.
Logo no ótimo site A Barata (liberdade de expressão e expressão de liberdade) com a coluna Crônicas de Mão Branca. Aguardem.
quinta-feira, 26 de abril de 2007
Quinta dos infernos
Ontem no blog Manufatura publiquei Suei da série Contos de fodas.
Hoje, na Garganta da Serpente, com o conto A arca de Manoel.
Amanhã, bem, nem sei se estarei vivo.